Forças Armadas Chinesas mudam para Linux

A meio de uma crescente guerra comercial e tensões políticas com os EUA, autoridades de Pequim decidiram desenvolver um sistema operacional personalizado que substituirá o sistema operacional Windows em computadores usados ​​pelos militares chineses.

A decisão, apesar de não ser oficializada através dos canais de imprensa normais do governo, foi noticiada no início deste mês pela revista Kanwa Asian Defense, sediada no Canadá.

De acordo com a revista, as autoridades militares chinesas não vão saltar do Windows para o Linux, mas desenvolverão um sistema operacional personalizado.

Graças aos vazamentos de Snowden, Shadow Brokers e Vault7, as autoridades de Pequim estão cientes do grande arsenal de ferramentas de hacking dos EUA, disponível para qualquer coisa, de smart TVs a servidores Linux e de roteadores a sistemas operacionais de desktop comuns, como Windows e Mac.

Como esses vazamentos revelaram que os EUA podem invadir quase tudo, o plano do governo chinês é adotar uma abordagem de "segurança por obscuridade" e administrar um sistema operacional personalizado que tornará mais difícil para os agentes de ameaças estrangeiras, principalmente os EUA, para espionar as operações militares chinesas.

A tarefa de desenvolver o novo sistema operacional e substituir o Windows cairá num novo "Grupo de Liderança de Informações sobre Segurança da Internet", como publicado pela primeira vez pelo Epoch Times, citando a edição de Maio da revista Kanwa Asian Defence.

De acordo com a revista, esse novo grupo responde diretamente ao Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), separado do resto do aparato militar e de inteligência.

Isso é semelhante a como o Comando Cibernético dos Estados Unidos opera como uma entidade separada do Departamento de Defesa dos EUA, separado e independente das outras agências militares e de inteligência dos EUA.

No final dos anos 90, a Coréia do Norte também desenvolveu um sistema operacional personalizado para uso dentro do país, chamado Red Star OS. O sistema operacional ainda está ativo, é uma distribuição Linux, mas nunca se tornou o "único" sistema operacional oficial para agências governamentais, que continuaram a usar o Windows, Mac e Linux em paralelo.